Inteligência Artificial na Construção Civil

O uso da Inteligência Artificial na Gestão de Riscos Climáticos Extremos

O painel abordado durante o 98° ENIC teve início com uma contextualização sobre a importância do tema da inteligência artificial (IA) na gestão de riscos associados a eventos climáticos extremos, como secas e enchentes. Nos últimos anos, o aumento da frequência e intensidade desses eventos tem trazido impactos significativos para comunidades, ecossistemas e áreas urbanas.

A discussão contou com a participação de especialistas de diferentes áreas, incluindo engenharia ambiental, engenharia química e recursos hídricos. A ideia central do painel foi explorar como a IA pode ser aplicada para prever e prevenir riscos climáticos, bem como como essa tecnologia pode ajudar a criar cidades e edifícios mais resilientes.

Aplicações da Inteligência Artificial para Prevenção

Um dos pontos destacados no painel foi o uso da IA para prever e prevenir eventos climáticos extremos. O exemplo apresentado foi a aplicação da IA em modelos de previsão hidrológica e meteorológica, que auxiliam na identificação de possíveis inundações ou secas. Essas previsões ajudam na tomada de decisões por parte das autoridades e facilitam ações preventivas para minimizar danos.

Um caso de estudo em Santa Catarina foi apresentado, mostrando como o uso de sistemas de previsão baseados em IA ajudou a Defesa Civil a se preparar para eventos climáticos extremos. Os modelos previam os níveis de vazão dos rios, permitindo a emissão de alertas com antecedência suficiente para tomar medidas de proteção.

O Papel da Indústria e da Construção Civil

Outro aspecto do painel foi a discussão sobre a responsabilidade das indústrias e da construção civil em relação ao uso consciente da água e à mitigação dos impactos ambientais. A indústria é uma das principais consumidoras de recursos hídricos, e a sua atuação tem impactos diretos nas bacias hidrográficas. As edificações também são grandes consumidoras de água, sendo necessário um planejamento cuidadoso para reduzir o consumo e promover a eficiência.

Foi mencionado que há um movimento crescente entre as empresas para se alinhar com práticas sustentáveis e atender a padrões ambientais mais elevados. Empresas e empreendimentos que adotam práticas sustentáveis, como sistemas de reutilização de água e medidores individuais para monitorar o consumo, tendem a ter uma melhor aceitação do público e até mesmo incentivos fiscais em algumas cidades.

Conclusão e Considerações Finais

O painel concluiu com uma reflexão sobre a importância de uma abordagem integrada para a gestão de riscos climáticos extremos. A IA é uma ferramenta poderosa para prever e prevenir desastres, mas é fundamental que haja um engajamento de todos os setores, incluindo indústria, construção civil e governos, para implementar práticas sustentáveis e promover a educação sobre o uso consciente da água.

A mensagem final é que o futuro das cidades depende da gestão eficaz da água, da energia e da capacidade de prever e se preparar para eventos climáticos extremos. O uso da inteligência artificial, aliado ao compromisso das empresas e ao engajamento da sociedade, é fundamental para construir um futuro resiliente e sustentável.